segunda-feira, 26 de junho de 2017

[BLADOBLEH] Fundação Toyota anuncia projeto "Águas da Mantiqueira"




A ação tem como objetivo o uso consciente e ordenado das bacias hidrográficas da região

A Fundação Toyota anunciou seu novo projeto "Águas da Mantiqueira", em parceria com a FUNDEPAG (Fundação de Desenvolvimento da Pesquisa do Agronegócio). A iniciativa de pesquisa em conservação da biodiversidade visa o planejamento territorial e o desenvolvimento socioeconômico de forma sustentável do município paulista de Santo Antônio do Pinhal, na Serra da Mantiqueira - cordilheira que é a maior província de água mineral do mundo.


“O objetivo de construir um planeta realmente mais sustentável, por necessidade, passa por investimentos em educação para a sustentabilidade. É nisso que todos devemos focar se nos interessarmos pelo futuro das próximas gerações”, afirma Percival Maiante, presidente da Fundação Toyota do Brasil. 

Em um período de 14 meses, 30 pesquisadores realizarão diagnósticos dos remanescentes de Mata Atlântica, distribuídos em 10 bacias hidrográficas da cidade, essenciais à manutenção de serviços ambientais – especialmente dos recursos hídricos - e sua direta influência na sustentabilidade das áreas rurais e urbanas por meio de estudos em biodiversidade, agricultura, educação, resíduos sólidos, turismo, dentre outros. Como resultado, a pesquisa poderá determinar o planejamento territorial, respeitando as características ecológicas das áreas naturais de Santo Antônio do Pinhal fundamentais para a organização de diretrizes de desenvolvimento socioeconômico que garantam ao mesmo tempo a conservação da biodiversidade local e a continuidade no abastecimento da comunidade e de milhões de pessoas que dependem das águas da Mantiqueira.

A Serra da Mantiqueira foi reconhecida em um artigo científico da Revista Science como o 8º ecossistema mais rico em diversidade de espécies no mundo e considerado insubstituível. Florestas, campos naturais e a fauna da maioria das espécies da Mata Atlântica, distribuídas no relevo da cordilheira, permitem a ocorrência de um clima singular e a maior concentração de água mineral em quantidade e qualidade no planeta. Essas características conferem à região uma função essencial para o Sistema Cantareira, em São Paulo, que abastece diariamente mais de 5 milhões de pessoas.

“Como podemos ocupar a 8ª área mais rica em biodiversidade e a maior província de água mineral no mundo? Somente com um planejamento muito criterioso que respeite a as necessidades de recursos e espaços para a comunidade biótica – todos os habitantes da Serra da Mantiqueira, microrganismos, plantas e animais silvestres que ali convivem junto às comunidades humanas. Desta forma poderemos reverter a situação presente de amplo desmatamento da maioria dos municípios da região que por sua localização - nas áreas elevadas da Serra - resultou numa crise hídrica local. Podemos comparar que ao remover a vegetação é como retirar a tampa de uma grande caixa d’água, que também é a Mantiqueira”, revela o José Roberto Manna, coordenador técnicode campo do projeto.

O gerente de Negócios e Inovação da FUNDEPAG, Átila Bankuti, acredita que a parceria entre as entidades será essencial na execução das atividades de pesquisa. “O estabelecimento de parceria com a Fundação Toyota é muito importante e fundamental para a concretização desta iniciativa. Este projeto materializará alguns dos principais valores da FUNDEPAG, reforçando o compromisso no desenvolvimento com a sustentabilidade, a responsabilidade social e o compromisso com a vida”, destaca.

A Serra da Mantiqueira

É uma cadeia montanhosa que abrange 3 estados da região Sudeste: Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo. Sua maior parte está localizada no estado mineiro, 30% em São Paulo e 10% no Rio de Janeiro.

Mantiqueira é um termo de origem Tupi-Guarani “Amantikir”. “Amana” significa chuva e “tiqueira”, gotejar. Montanha que chora ou serra que chora, chamada pelos indígenas que habitavam a região por conta da grande quantidade de cachoeiras.

Com aproximadamente 500 quilômetros de extensão, seu ponto mais alto é a Pedra da Mina, com 2.798 metros, na divisa de Minas Gerais e São Paulo.

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