quarta-feira, 15 de junho de 2022

[BLÁDOBLEH] Gatos e os seus mistérios




Conheça algumas curiosidades sobre os comportamentos dos felinos

Texto: Sérgio Dias
Fotos: Pixabay

De acordo com levantamento do site Pet Secure, a população de gatos no mundo está na casa dos 500 milhões, sendo que cerca de 12,4 milhões estão no Brasil – temos a quarta maior população de felinos.


Assim como todos os felinos, os gatos que conhecemos hoje descendem de um mamífero predador chamado miacis, que habitou nosso planeta durante o Período Paleoceno, há cerca de 55 milhões de anos. Acredita-se que a domesticação desses bichos deve ter se iniciado por volta de 10 mil anos atrás, na região do atual Oriente Médio.

Até hoje os gatos ainda carregam alguns estigmas, como explica Rafael Abreu, médico veterinário e coordenador do curso de Medicina Veterinária da Faculdade Anhanguera.

“Isso se deve muito por conta de os gatos pretos serem associados a aspectos negativos e terem sido perseguidos na antiguidade, de serem muito independentes, ao contrário dos cães, além de parecerem não estar nem aí para os donos. Mas os gatos podem ser muito amorosos e companheiros e demonstram de diversas formas seu carinho pelos humanos”, explica Abreu.

A seguir algumas curiosidades sobre os felinos bem interessantes que todo adorador de pets precisa conhecer:

Lambidas

Uma das características mais marcantes e que faz dos gatos animais extremamente higiênicos são as lambidas. Eles passam boa parte do tempo em que estão acordados se lambendo, e podem vomitar as famosas bolas de pelo até quatro vezes por mês, o que é considerado normal.

Não é recomendado dar banhos nos gatos, a não ser que haja indicação do veterinário por conta de algum problema de saúde. Além disso, a água tira hormônios naturais da pele e do pelo dos gatinhos, o que pode deixá-los bastante perdidos e irritados. Mas também é preciso atenção: lambidas em excesso podem significar estresse.

Esconder as fezes

Os especialistas ainda não chegaram a uma conclusão final sobre o fato de os gatos esconderem as fezes, mas é bem possível que seja um comportamento que os gatos carregam desde que eram selvagens, de antes da domesticação.

Ao enterrar as fezes, os gatos evitam que o cheiro seja sentido por outros predadores. Mas pode acontecer também do gato não esconder as fezes e deixá-las visíveis, o que é interpretado como um sinal de que o gato quer marcar aquele território.

Fome ou sono

Os gatos filhotes afofam ou “amassam o pãozinho”, um movimento de vai e vem com as patas dianteiras na barriga da mãe, como forma de dizer que estão com fome ou que querem dormir.

Muitos gatos levam esse comportamento até a vida adulta, e geralmente fazem isso próximo de alguém que gostam muito ou por quem têm afeição, na maioria das vezes, antes de dormir.

Barulho dormindo

Aquele “barulho de motorzinho” quer dizer que o gato está em um momento relaxado ou que gosta do dono. O ronronar acontece sempre quando eles estão dormindo, e o som é provocado pela contração e dilatação da glote, na região da laringe dos gatos, que, ao se movimentar, produz o barulho. Contudo, ronronares muito altos podem indicar que o gato está estressado.

Muito sono

Assim como o hábito de esconder as fezes, o hábito de dormir durante o dia e de caçar durante a noite vem da época em que eram selvagens.

Os gatos são orientados para a caça noturna e podem dormir dois terços do dia, de 12 a 16 horas. É um comportamento perfeitamente normal e está presente em todas as raças.

Muita fome

Quem é tutor de gato sabe que eles amam comer e costumam dividir sua rotina entre dormir, se lamber e se alimentar. Mas apesar de ser um comportamento normal, o hábito de comer várias vezes durante o dia pode indicar algum problema.

Gatos que passam muito tempo sozinhos ou que não têm ambientação adequada ou espaço para brincar podem tornar-se compulsivos por comida, inclusive como uma forma de chamar atenção do tutor.

O ideal é oferecer comida ao animal duas vezes por dia, pela manhã e à noite. A comida em excesso pode indicar problemas de saúde, como falta de nutrientes, estresse e acarretar obesidade. O tutor precisa ser firme e não ceder aos miados e pedidos do animal, oferecendo comida suficiente.

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