Com exigências ambientais e clientes mais conscientes, escritórios adotam soluções integradas e eficientes
A busca por soluções sustentáveis e eficientes tem transformado a atuação dos escritórios de arquitetura em todo o país. Impulsionados por políticas urbanas e por uma demanda crescente por construções inteligentes, os profissionais do setor vêm expandindo seus escopos de trabalho para atender a contextos urbanos diversos e a um público mais atento às questões ambientais.
Nos últimos anos, a construção civil brasileira passou por uma mudança estrutural, movida tanto por exigências legais quanto por transformações culturais na forma como os espaços são concebidos e utilizados. Dessa forma, houve um aumento de projetos com foco em eficiência energética, reaproveitamento de recursos naturais e menor impacto ambiental.
Esse movimento tem alterado a dinâmica dos escritórios de arquitetura, que deixaram de atuar de forma isolada e se tornaram núcleos multidisciplinares. Um exemplo é o escritório de arquitetura em Ribeirão Preto, no interior de São Paulo, que tem se especializado em soluções bioclimáticas. Em seus projetos, o uso da luz natural, a ventilação cruzada e a escolha criteriosa de revestimentos com baixa emissão de compostos orgânicos voláteis (COVs) são diferenciais que aliam desempenho ambiental e linguagem estética.
“Cada vez mais os clientes procuram soluções que reduzam o consumo de energia e tragam conforto térmico ao ambiente, sem abrir mão da identidade do projeto”, explica Fernanda Moraes, consultora em edificações sustentáveis e membro da Green Building Council Brasil. Segundo ela, o arquiteto exerce hoje um papel estratégico que vai além da concepção visual, sendo fundamental para viabilizar obras integradas ao meio ambiente.
No litoral de Santa Catarina, a verticalização urbana trouxe outros desafios. Em resposta, o escritório de arquitetura em Balneário Camboriú tem investido em tecnologias como fachadas ventiladas, telhados verdes e sistemas de reuso de água para equilibrar o impacto ambiental dos empreendimentos de alto padrão. Essas iniciativas tornam-se cada vez mais relevantes diante do adensamento populacional e da valorização imobiliária crescente na região.
A troca de experiências entre regiões com perfis urbanos distintos também tem ampliado o repertório técnico dos arquitetos. Projetos no interior, com foco em integração com áreas verdes e espaços abertos, passaram a inspirar adaptações em centros urbanos mais densos – e vice-versa. A abordagem sustentável se fortalece como elo entre diferentes contextos geográficos e culturais.
Além da sustentabilidade, a eficiência operacional tem se tornado outro fator decisivo. A incorporação de ferramentas como a modelagem da informação da construção (BIM), simulações termoacústicas e plataformas digitais de gestão de obras permite otimizar processos, reduzir desperdícios e garantir maior previsibilidade nos prazos e custos.
A tendência é que a consolidação da agenda ambiental no setor público e privado continue a impulsionar essas transformações. “Não se trata apenas de projetar edificações, mas de pensar a cidade como um organismo vivo que exige equilíbrio entre desenvolvimento e preservação”, afirma Fernanda Moraes. Para ela, o futuro da arquitetura está na capacidade de compreender as necessidades específicas de cada território e de propor soluções integradas.
Assim, os escritórios que souberem aliar sustentabilidade, tecnologia e sensibilidade urbana tendem a ocupar posição central na construção de cidades mais inteligentes, resilientes e adaptadas às exigências do século XXI.
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